O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira em alta de +0,56%, acumulando ganhos de +1,22% no mês. A Magalu (MGLU3) liderou as altas com +8,11%, enquanto o Pão de Açúcar (PCAR4) registrou a maior queda do dia, com -5,39%.
No rastreio de volumes atípicos, destaque para ASAI3, com negociações 4,35x acima da média, embora tenha recuado -0,30%. Já CYRE3 avançou +4,91% com volume 3,05x superior, e LREN3 teve alta de +1,38% com volume 1,83x acima da média.
No Brasil, o relator da reforma tributária no Senado decidiu retirar a cobrança de IR sobre debêntures incentivadas, mas ainda avalia a manutenção da tributação de 5% sobre LCIs e LCAs. As alíquotas unificadas de 17,5% para investimentos devem permanecer, mostrando a disputa de lobbies por benefícios fiscais no texto final. Enquanto isso, o comércio varejista registrou queda pelo quarto mês consecutivo, com recuo de -0,3% em julho. O BC também publicou uma nova norma que obriga bancos a bloquearem pagamentos suspeitos de fraude, responsabilizando as instituições pela análise preventiva. Além disso, a Fazenda revisou as projeções do PIB de 2025 para 2,3% (de 2,5%) e da inflação para 4,8% (de 4,5%), refletindo os efeitos persistentes dos juros altos.
Nos EUA, o foco esteve em mudanças regulatórias: o Congresso aprovou uma nova lei para impedir que tokens de ações sejam classificados como commodities, resolvendo uma brecha que poderia transferir sua fiscalização da SEC para a CFTC. Esse movimento busca dar mais segurança jurídica ao avanço dos ativos tokenizados no mercado americano. Também chamou atenção a pressão sobre a Paramount, que, após ser adquirida por David Ellison em agosto, agora estaria preparando uma oferta para comprar a Warner, em mais um passo da consolidação do setor de mídia e entretenimento.
Na China e vizinhança, as importações chinesas para os EUA despencaram 27% em 2025, com fortes quedas em móveis, brinquedos, artigos esportivos, máquinas e produtos plásticos — um sinal de enfraquecimento nas relações comerciais e efeitos das tarifas adicionais. Já na América do Sul, títulos da dívida da Venezuela em default começaram a atrair investidores, que especulam sobre uma possível mudança de regime político e retomada de pagamentos no futuro, impulsionando uma corrida de risco em busca de ganhos elevados. Enquanto isso, o Alibaba começou a utilizar chips próprios para treinar modelos de IA, numa tentativa de reduzir dependência de fornecedores estrangeiros e avançar no setor de inteligência artificial.