McLaren avaliada em US$ 4,1 bi, Revolut supera Nubank e Apple leva iPhone 17 para a Índia

O Ibovespa encerrou o pregão em leve queda de 0,10%, refletindo a cautela dos investidores no início de setembro. A Raízen se destacou como a maior alta do dia, avançando quase 6%, enquanto a Auren Energia registrou a pior performance, com recuo de mais de 3%. Entre os papéis com volumes atípicos, Fleury, RD Saúde e Caixa Seguridade chamaram a atenção dos analistas. No Brasil, a Agência Nacional do Petróleo confirmou recorde de produção em julho, com média de 3,9 milhões de barris de petróleo por dia, dos quais 60% provenientes da Petrobras. A Shell aparece em segundo lugar, consolidando-se como parceira estratégica da estatal. Em meio às repercussões da operação da Polícia Federal contra o PCC na Faria Lima, a Reag Investimentos negocia troca de controle, após ver seu patrimônio administrado saltar de R$ 25 bilhões em 2020 para R$ 341 bilhões neste ano. Já o governo do Paraná fechou acordo com a BlackRock para estruturar um fundo soberano, destinado a compensar a perda de incentivos fiscais a partir de 2028. No setor de tecnologia, a Nvidia apontou Brasil e México como hubs estratégicos para a expansão de data centers voltados à inteligência artificial. No agro, o governo anunciou que produtores rurais passarão a ter a obrigação legal de prevenir e combater incêndios em lavouras, reforçando o arcabouço de responsabilidade ambiental. Paralelamente, levantamento do RPA indicou que usinas citadas em investigações ligadas ao PCC processam 12,7 milhões de toneladas de cana. No cenário internacional, o Reino Unido confirmou um surto de gripe aviária (H5N1) no sudoeste da Inglaterra, levantando alertas para o setor avícola global. No mundo, o destaque foi a valorização do Revolut, que alcançou US$ 75 bilhões e superou o Nubank, após uma oferta secundária de ações que permitiu a venda de participações por parte dos funcionários. No setor automotivo, a equipe de Fórmula 1 McLaren foi avaliada em US$ 4,1 bilhões em negociação bilionária que movimenta os bastidores da categoria. Já a Apple anunciou que a produção integral do iPhone 17 será realizada na Índia antes do lançamento oficial, reforçando o movimento de diversificação para reduzir a dependência da China e driblar riscos de tarifas impostas pelos EUA.

Hackers atacam HSBC, Mercado Livre estreia em farmácia e Pix terá novas regras

O Ibovespa abriu setembro em alta leve de 0,26%, mantendo o bom humor acumulado no mês passado, quando avançou 6,28%. O destaque positivo foi a Raízen, que subiu mais de 7% após anunciar a venda de duas usinas por R$ 1,3 bilhão. Já a RD Saúde caiu quase 7%, pressionada pela notícia de que o Mercado Livre comprou sua primeira farmácia em São Paulo, marcando entrada oficial no varejo farmacêutico. No Brasil, a semana começou com impacto no sistema financeiro: hackers roubaram cerca de R$ 400 milhões do HSBC via ataque à fornecedora de tecnologia Sinqia. Fontes afirmam que parte relevante do valor já foi recuperada, mas o episódio acende alerta após outro ataque milionário em julho. Para conter fraudes, o Banco Central anunciou novas regras para o Pix, que passará a rastrear todo o caminho do dinheiro desviado, e não apenas a conta inicial do golpista. Na política fiscal, a Previdência Social segue como maior gasto da União em 2026, superando R$ 1,1 trilhão — quase cinco vezes o orçamento previsto para a Educação. E, em meio ao tarifaço, Brasil e China inauguraram o Porto de Santana (AP), que deve reduzir custos logísticos bilionários na exportação. No agro, a Marfrig desistiu de vender unidades no Uruguai à Minerva, que contestou a decisão, enquanto Amaggi e Inpasa anunciaram joint-venture para produção de etanol de milho em Mato Grosso. O movimento reforça a expansão do biocombustível no país, com planos ambiciosos para os próximos anos. No cenário internacional, a Argentina limitou a compra de dólares pelos bancos para tentar segurar o peso, enquanto nos EUA a Justiça considerou ilegais parte das tarifas de Trump — decisão rejeitada pelo próprio presidente. Ainda nos EUA, mudanças em aeroportos vão eliminar a obrigação de tirar sapatos e laptops na inspeção, após mais de 20 anos. Já a China se prepara para inaugurar o maior parque solar do mundo, com área equivalente à cidade de Chicago, consolidando sua liderança na transição energética.

PCC na Faria Lima, Receita aperta fintechs e Tesla tropeça na Europa

O Ibovespa fechou a sexta-feira em alta de 1,32%, consolidando ganhos de 6% no mês. O destaque ficou por conta da Magazine Luiza, que disparou mais de 9% após forte volume negociado. No radar corporativo, ações ligadas ao setor de combustíveis — como Ultrapar, Vibra e Raízen — também subiram com a operação da Polícia Federal que desarticulou esquemas de abastecimento clandestino. No noticiário doméstico, o dia foi dominado pela ofensiva contra o crime organizado na Faria Lima. Segundo o Ministério Público, a estrutura financeira do PCC controlava mais de 40 fundos de investimento, com R$ 30 bilhões em ativos. A investigação revelou patrimônio que ia de usina a terminal portuário, além de mansão em Trancoso. No campo regulatório, a Receita apertou o cerco e passou a exigir que fintechs cumpram as mesmas regras de transparência aplicadas a grandes bancos. Já no plano político, Lula autorizou a abertura de processo de retaliação contra os EUA, usando a Lei de Reciprocidade Econômica após o tarifaço. No agro, o Brasil expandiu exportações de carne bovina para o México, aproveitando espaço aberto pelas tarifas impostas por Trump. Já nos EUA, agricultores sofrem com a escalada dos preços de fertilizantes, um contraste com a vantagem competitiva brasileira em insumos. A JBS, no entanto, entrou em rota de colisão com o Ministério Público e foi multada por compra de gado irregular na Amazônia. Lá fora, a Tesla continua enfrentando problemas na Europa: as vendas caíram 40% no ano, pressionadas pela concorrência da chinesa BYD. Na macroeconomia, o PIB americano foi revisado para cima, marcando alta de 3,3% no segundo trimestre, sinal de resiliência apesar das tensões comerciais. Em paralelo, União Europeia e Estados Unidos discutem medidas para reduzir tarifas e avançar em um acordo bilateral. Entre boas notícias, Brasil e México assinaram parceria para biocombustíveis, reforçando o papel regional da transição energética.

Quarta-feira, 27 de agosto | Brasileiros gastam mais no exterior, Mercedes se desfaz da Nissan e Puma pode mudar de dono

O Ibovespa encerrou em leve queda de 0,18%, mas segue positivo no mês (+3,53%). O destaque corporativo veio da Natura, que movimentou quase 11 vezes mais que a média, ainda que com variação discreta de preço. Já no front macro, o IPCA-15 trouxe deflação de 0,14% em agosto, a primeira desde julho de 2023. Apesar do alívio aparente, a leitura foi considerada “pior que o esperado”, puxando os juros futuros para cima — um lembrete de que, no mercado, o que pesa é a expectativa. Outro dado que chamou atenção foi o gasto recorde de brasileiros no exterior, o maior em 11 anos, beneficiado pela desvalorização do dólar, ainda que o IOF mais alto tenha encarecido as compras fora. No setor bancário, o Master pode ser fatiado em até seis partes caso o BC dê aval à reestruturação, enquanto a B3 anunciou a aquisição de 62% da fintech Shipay por R$ 37 milhões. No agro, o Banco do Brasil anunciou R$ 1,2 milhão em crédito para produtores de cacau na Bahia, num movimento pontual mas simbólico diante da necessidade de financiamento rural. No comércio internacional, Pequim sinalizou abertura para aumentar a compra de soja americana, movimento que pode reposicionar parte do fluxo global em meio às tensões tarifárias. No Brasil, a Justiça suspendeu decisão do Cade contra a moratória da soja, medida que já vinha gerando apreensão entre produtores e exportadores. No cenário global, a Mercedes-Benz concluiu a venda de sua participação na Nissan por US$ 325 milhões, e rumores apontam que a família Pinault pode se desfazer da Puma após as ações da marca despencarem 50%. O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo com US$ 2 trilhões sob gestão, zerou posições na Caterpillar e em empresas israelenses citando risco de violação de direitos humanos. Do lado político, Donald Trump segue imprimindo volatilidade: além de ameaçar tarifas extras a países que “perseguem” big techs americanas, cogitou uma “guerra econômica” contra a Rússia. O clima de incerteza também atinge o comércio global: 25 países já suspenderam serviços postais para os EUA por causa das tarifas impostas por Washington.

Nubank mira Digimais, Dr Pepper compra Café Pilão e Trump sacode o Fed

O mercado brasileiro viveu um dia de relativa estabilidade, com o Ibovespa encerrando em leve alta de 0,08%. O destaque ficou para o GPA, que disparou quase 10%, impulsionado pelo aumento da fatia da família Coelho Diniz e pela pressão por mudanças no conselho. Do lado macro, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou R$ 12 bilhões em crédito para a modernização da indústria, com foco em máquinas e equipamentos, em uma tentativa de reverter os efeitos do tarifaço sobre a competitividade. No setor financeiro, o Digimais, antigo Banco Renner de Edir Macedo, entrou em negociações para venda de controle, com o Nubank entre os interessados — movimento que reforça a consolidação no setor. Já a Petrobras sinalizou aumento da produção de petróleo mesmo diante do excesso de oferta global, enquanto no radar orçamentário o governo avalia R$ 5 bilhões para um novo vale-gás em 2026. No agro, o impacto das tarifas segue alterando os fluxos de comércio. O governo decidiu ampliar as compras públicas de produtos regionais como açaí, pescados e castanhas, mas deixou carne e café de fora das medidas de estímulo. Já a importação de fertilizantes pelo Brasil bateu recorde em julho, com alta acumulada de 8,8% no ano, reflexo da necessidade de manter a produção agrícola competitiva diante do encarecimento de insumos e da instabilidade logística global. No cenário internacional, a Dr Pepper anunciou a compra da JDE Peet’s — dona do Café Pilão — por US$ 18 bilhões, criando a maior empresa de café do mundo e acirrando a disputa global no setor. Nos EUA, Donald Trump voltou a surpreender ao demitir a diretora do Federal Reserve, Lisa Cook, em um gesto sem precedentes que aumentou a incerteza sobre a independência do banco central. Além disso, o ex-presidente ameaçou impor tarifas de 200% sobre a China caso o país não garanta fornecimento de ímãs, escalando as tensões comerciais. Na Europa, a presidente do BCE afirmou que as tarifas terão impacto limitado sobre o PIB, mas no entorno regional, a crise política na Argentina, após escândalo envolvendo Karina Milei, trouxe nova pressão sobre juros e câmbio.

Bolsa Família e mercado de trabalho, café em disparada e Petrobras em recorde histórico

No Brasil, a discussão sobre os impactos do Bolsa Família voltou ao centro da agenda após um estudo da FGV apontar que uma em cada duas famílias beneficiadas teria deixado a força de trabalho. O governo, por sua vez, anunciou o envio ao Congresso de um projeto que prevê gás de cozinha gratuito para 15,5 milhões de famílias. Na economia, a indústria aparece como o setor mais vulnerável ao tarifaço iniciado há três semanas, sobretudo em áreas como têxteis, calçados e autopeças, enquanto o BNDES liberou R$ 10 bilhões extras em crédito para empresas afetadas indiretamente. Entre os destaques corporativos, a Petrobras bateu recorde histórico ao ultrapassar a marca de 50 milhões de m³/dia de gás natural processado, reforçando seu papel estratégico no fornecimento de energia. No agronegócio, o café subiu mais de 30% apenas em agosto, reflexo da oferta global apertada combinada aos efeitos das tarifas que desorganizam cadeias de produção e comércio. A demanda por biodiesel também deve avançar com a elevação da mistura obrigatória, criando novas oportunidades para produtores nacionais. Em Minas Gerais, o setor agropecuário já supera a mineração como motor de crescimento, segundo avaliação do governador Romeu Zema, consolidando a força do campo no desenvolvimento regional. No cenário externo, as tarifas seguem moldando negociações. O Canadá decidiu retirar retaliações sobre produtos dos EUA para se alinhar às isenções previstas no acordo trilateral com México e Estados Unidos, antecipando a revisão marcada para 2026. Já em Washington, Donald Trump afirmou que novas tarifas contra países exportadores de móveis devem ser anunciadas nos próximos 50 dias, elevando a tensão comercial. Em paralelo, documentos da OpenAI revelaram que Elon Musk tentou recrutar Mark Zuckerberg para financiar a aquisição da empresa, em uma disputa que coloca os maiores nomes da tecnologia no centro da corrida pela inteligência artificial.

Café em alta, lucro robusto do BNDES e tarifas pressionando mercados globais

No Brasil, a agenda econômica ganhou força com a divulgação do lucro de R$ 13,3 bilhões do BNDES no primeiro semestre, sinalizando o impacto positivo das operações do banco em meio a um cenário de incertezas fiscais e comerciais. Ao mesmo tempo, o governo estuda alternativas para mitigar os efeitos do tarifaço, incluindo a redução da carga horária de trabalho e a postergação temporária de encargos trabalhistas, numa tentativa de preservar empregos e dar fôlego às empresas. Entre os destaques setoriais, o custo da cesta básica caiu em 15 capitais, enquanto big techs pressionaram o Banco Central ao acusar o Pix de gerar concorrência desleal. No agronegócio, o café atingiu o maior valor em três meses na bolsa de Nova York, refletindo preocupações climáticas e oferta mais restrita, o que traz alívio a produtores brasileiros. Já a soja segue no radar: mesmo com forte pressão dos agricultores dos EUA, a China ainda não deve ampliar suas compras do grão americano, mantendo espaço para exportadores do Brasil. Além disso, o setor acompanha de perto as negociações em torno da securitizadora Virgo, que busca alternativas para lidar com sua crise de credibilidade e solvência. No cenário internacional, os Estados Unidos sinalizaram que podem cassar vistos de estrangeiros já dentro do país, medida que pode afetar até 55 milhões de pessoas e preocupa setores de turismo e negócios. A pressão tarifária também se intensifica: o Walmart alertou que as tarifas do governo Trump estão encarecendo sua cadeia de suprimentos, já que um terço de seus produtos depende de importações da China, México, Vietnã e Índia. No front geopolítico, a guerra na Ucrânia voltou a escalar após a Rússia lançar seu maior ataque aéreo do mês, reforçando a percepção de riscos globais que continuam a pesar sobre mercados e investidores.

Tarifas pressionam mercados, governo brasileiro busca alternativas e tensões geopolíticas crescem

No Brasil, a combinação de tarifas internacionais e incertezas regulatórias começa a pesar sobre diferentes setores da economia. O setor madeireiro já sente os efeitos do tarifaço, com férias coletivas para 1,4 mil funcionários e mais de 100 demissões desde julho. No agronegócio, o impacto também é visível: as recuperações judiciais cresceram 60% no segundo trimestre, totalizando 388 empresas, mesmo antes do efeito pleno das barreiras comerciais. Além disso, o governo tenta negociar com o Congresso mudanças nas regras das LCAs para atrair apoio da bancada ruralista a uma nova taxação, enquanto investigações do Cade sobre cartel na soja podem resultar em multas bilionárias. No setor corporativo, as tensões aumentam após a decisão do ministro Flávio Dino sobre a aplicação da Lei Magnitsky, que deixou bancos e grandes instituições em alerta e deve ser discutida pelo STF em ação relatada pelo ministro Cristiano Zanin. Ao mesmo tempo, a Oncoclínicas avalia converter dívida em equity para reduzir alavancagem, enquanto grandes instituições financeiras como Itaú BBA, Kinea e XP suspenderam operações com a securitizadora Virgo. Entre os negócios globais, a Salesforce anunciou a compra da Regrello por US$ 2,14 bilhões para acelerar a integração de inteligência artificial em suas plataformas. No cenário internacional, os Estados Unidos ampliaram tarifas para mais de 400 produtos de aço e alumínio, elevando a arrecadação tarifária esperada em mais de US$ 300 bilhões, segundo o Tesouro, com impacto direto em setores industriais globais. As tensões geopolíticas também escalaram, com Donald Trump enviando três destroieres à Venezuela, enquanto Nicolás Maduro mobilizou 4,5 milhões de milicianos em resposta. Apesar do ambiente tenso, a S&P reafirmou a nota de crédito “AA+” dos EUA, citando justamente a força da receita tarifária. Fora do eixo EUA-Venezuela, a Índia decidiu suspender temporariamente tarifas sobre o algodão, num movimento para aliviar custos internos em meio à volatilidade global.

Mercado reage à venda bilionária de David Vélez, inadimplência no agro preocupa e Softbank aposta na Intel

No Brasil, a notícia de que David Vélez, fundador do Nubank, vendeu cerca de R$ 2 bilhões em ações do banco movimentou o mercado financeiro. A operação representa 3% de sua posição na instituição, mas não altera seu papel como principal acionista. Enquanto isso, a Raízen voltou ao centro das atenções: após despencar nos últimos dias, suas ações dispararam até 16% diante da possibilidade de um investimento da Petrobras. Já a PRIO sofreu queda de mais de 3% com a paralisação da produção no Campo de Peregrino pela ANP, o que deve pressionar ainda mais o caixa da companhia. No setor de infraestrutura, os data centers vêm ganhando protagonismo, movimentando mais de R$ 10 bilhões ao ano no mercado imobiliário, enquanto a Cosan negocia ativos portuários estratégicos em São Luís e no Sudeste. No agronegócio, a inadimplência disparou e acendeu alerta nos bancos. O setor, que vinha sendo sustentado por forte demanda externa, agora enfrenta riscos crescentes de crédito. Além disso, o preço da carne nos Estados Unidos atingiu R$ 130 por quilo, com risco de alta ainda maior diante de tarifas adicionais e de problemas sanitários no México — fatores que podem mexer com a balança de exportações brasileiras. No cenário internacional, o Softbank confirmou garantia de compra de 2% da Intel, num movimento de cerca de US$ 2 bilhões, reforçando seu apetite por tecnologia. A BHP também concluiu a venda de minas de cobre no Brasil por US$ 465 milhões, enquanto a Petrobras fechou contrato de R$ 3,2 bilhões com a OceanPact para navios de apoio. Já nos bastidores da política, Donald Trump iniciou tratativas para uma possível reunião entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, enquanto sua aprovação segue em 40%, o menor nível do mandato. No front econômico, a Moody’s elevou a projeção de crescimento da América Latina de 2,1% para 2,2%, sinalizando resiliência da região em meio à volatilidade global.

Mercado reage a tensões políticas, Brasil busca novos parceiros comerciais e Zelensky abre espaço para negociações de paz

No Brasil, o clima político voltou a pesar após os Estados Unidos cancelarem o visto da esposa e da filha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, integrante da cúpula do PT. No campo econômico, o agro brasileiro continua ampliando presença internacional, com destaque para o México, que nos últimos quatro anos abriu mercado para 22 novos produtos nacionais, movimento que ganha força em meio às barreiras impostas por Donald Trump. Paralelamente, o governo Lula tenta blindar no Congresso seu plano contra o tarifaço norte-americano, enquanto negocia a retomada de um acordo comercial com o Canadá, suspenso desde 2021. No mercado doméstico, o setor imobiliário de luxo em São Paulo segue em alta, movimentando mais de R$ 7 bilhões, e a família Maggi, referência no agronegócio, diversifica seus investimentos ao apostar em mineração de ouro no Mato Grosso. Nos Estados Unidos, Donald Trump voltou a atacar a credibilidade da previdência social, alegando que o sistema mantém registros de 135 mil pessoas com mais de 160 anos. Ele afirmou que sua gestão eliminou milhões de registros fraudulentos e milhares de imigrantes ilegais da base previdenciária. No cenário financeiro, os investidores mantêm a aposta em um corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Federal Reserve em setembro, reforçando expectativas de alívio monetário no curto prazo. Na Europa, o destaque foi a fala inédita do presidente Volodymyr Zelensky, que admitiu a possibilidade de negociar cessões territoriais como caminho para encerrar o conflito com a Rússia, sinalizando mudança de postura após anos de resistência. Já na Alemanha, uma transformação cultural preocupa o setor cervejeiro: a Geração Z tem rejeitado o consumo de álcool, colocando em risco uma tradição centenária que sustenta 1.500 cervejarias locais.