O novo IOF finalmente foi detalhado: deve render R$ 11,5 bilhões em receitas, aliviando a pressão fiscal do governo — ao menos no curto prazo. A novela, no entanto, ainda não acabou: a Receita informou que a cobrança retroativa não é obrigatória, deixando brechas e incertezas jurídicas no caminho. E apesar da alta na alíquota do câmbio, o Bitcoin ficou fora do escopo, o que deve favorecer o uso de stablecoins atreladas ao dólar nas operações internacionais — um movimento que pode enfraquecer ainda mais o real no longo prazo.
No Congresso, uma sequência de decisões com forte impacto: o Senado aprovou, em votação simbólica, o reajuste para militares, enquanto a Câmara passou uma pauta bomba liberando R$ 30 bilhões ao agro — com uso do Fundo Social para quitar dívidas. Já entre a população, 85% rejeitam aumento no número de deputados, segundo nova pesquisa.
No mundo dos negócios, o “trade eleitoral” já começou, segundo o Bank of America, com gestores antecipando posições baseadas em cenários políticos. No Brasil, Lula elevou o tom e prometeu taxar as big techs americanas, enquanto Trump divulgou nova carta em defesa de Bolsonaro. O clima entre os países segue tenso. E, para completar, o ex-presidente americano agora promete que a Coca-Cola usará açúcar de cana dos EUA, adicionando mais lenha ao protecionismo eleitoral.
A Uber investiu US$ 300 milhões na Lucid Motors, mirando o futuro dos táxis-robôs — enquanto aqui, a Petrobras avalia voltar ao varejo de combustíveis, em tentativa de conter os preços e aliviar o custo político. A dúvida é se isso inclui alguma reaproximação com a Vibra Energia, ex-BR Distribuidora, cujo contrato de uso da marca Petrobras vence em 2029. E falando em negócios, a própria Vibra está negociando com a Cosan a compra da Moove, o que poderia ampliar sua atuação em lubrificantes.
Ainda no Brasil, Lula também abriu crédito extraordinário de R$ 3,3 bi para ressarcir aposentados vítimas de fraudes no INSS — uma conta que, no fim, cai direto no colo do contribuinte. E o FMI manteve a projeção de crescimento em 2,3%, mas alerta: a dívida pública brasileira pode atingir o pico só em 2029.
No agro, a escalada tarifária dos EUA segue derrubando previsões: o setor pecuário pode perder até US$ 1,3 bi, e Trump mira o etanol brasileiro. Em contrapartida, a Câmara aprovou o uso do Fundo Social para ajudar os produtores rurais, e um dado chama atenção: os polinizadores respondem por até 25% do valor da produção agrícola brasileira — um lembrete do peso ambiental e estratégico da biodiversidade.
🌎 No mundo: a China restringe exportações de tecnologias para carros elétricos, uma resposta direta ao cerco tecnológico liderado por EUA e UE. Alemanha vetou o aumento do orçamento europeu para € 2 trilhões. A tensão chegou até o Canal do Panamá, onde a China ameaça bloquear um acordo portuário se sua gigante de transporte não for incluída. E, em uma nota curiosa, Trump foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica — uma notícia médica que não deve interferir na sua movimentação eleitoral, mas certamente entrará no noticiário.
📉 Resumo do dia: Brasília avança com IOF e libera verbas bilionárias para o agro. O Brasil desafia as big techs dos EUA, enquanto Trump segue inflamando o comércio global. Negócios e eleições caminham juntos — e o clima geopolítico só esquenta.