O governo Lula estuda uma medida ousada em resposta ao tarifaço imposto pelos EUA: suspender a validade de patentes de medicamentos americanos no Brasil.
A proposta, parte de uma possível estratégia de reciprocidade, surge em meio à tentativa de negociação diplomática, mas já sinaliza um “plano B” se a via tradicional via OMC fracassar.
A reação de Jair Bolsonaro veio em paralelo: o ex-presidente avalia acionar a Casa Branca contra a medida de Trump, enquanto seu filho Eduardo Bolsonaro agradeceu publicamente ao republicano e pediu apoio para uma ação contra o ministro Alexandre de Moraes.
No Congresso, Arthur Lira articulou mudanças no Imposto de Renda: o IR para mais ricos segue em 10%, mas haverá isenção para quem ganha até R$ 7.350, além de um novo imposto sobre dividendos.
O impacto das tarifas foi sentido de imediato: o Brasil registrou uma saída recorde de dólares no primeiro semestre, e o IPCA de junho (0,24%) rompeu, pela primeira vez, o teto da meta de inflação, obrigando o Banco Central a publicar carta explicativa. O suco de laranja e o café dispararam nos mercados internacionais, com o primeiro subindo mais de 6% em Nova York.
Enquanto isso, a Previ voltou a questionar a fusão entre BRF e Marfrig. No campo da infraestrutura, a Vivo comprou 50% da FiBrasil por R$ 850 milhões para acelerar a consolidação de sua rede de fibra óptica.
Lá fora, o governo americano endureceu ainda mais sua postura: Trump anunciou tarifa de 35% sobre o Canadá e segue enviando cartas a chefes de Estado com os novos termos comerciais.
O Pentágono, por sua vez, se tornará o maior investidor de uma mineradora de metais raros, indicando a prioridade estratégica da autossuficiência. No setor privado, a Ferrero comprou a divisão de cereais da Kellogg por US$ 3,1 bilhões para reduzir sua dependência do chocolate, e a CEO do X renunciou após dois anos.
Já na Argentina, Milei sofreu derrota no Congresso com a aprovação de reajuste nas aposentadorias.