MCall | 21/10/2025: Boulos entra no governo, China avança na mineração e Fazenda prepara nova taxação

O Ibovespa encerrou a segunda-feira em alta de 0,77%, mantendo o movimento positivo dos últimos pregões, mas ainda acumulando queda de 1,18% em outubro. O dia foi marcado por uma combinação de fatores domésticos e externos, com destaque para a movimentação política em Brasília, o avanço chinês em setores estratégicos da economia brasileira e o aumento das tensões fiscais no horizonte. No cenário nacional, o presidente Lula anunciou Guilherme Boulos (PSOL) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, em um gesto político voltado à reaproximação com movimentos sociais e à articulação para as eleições de 2026. A nomeação, contudo, já gerou reações no Congresso e entre lideranças empresariais, que enxergam o movimento como uma sinalização de fortalecimento da ala mais ideológica do governo. Enquanto isso, o Ministério da Fazenda deve apresentar uma nova proposta de taxação sobre apostas e grandes fortunas, retomando a agenda de arrecadação que busca reforçar o caixa da União antes das discussões do orçamento de 2026. No setor financeiro, o BRB desistiu da compra do Banco Master, em meio a um ambiente de maior cautela após restrições impostas ao banco pelo INSS. O mercado também acompanhou o avanço de empresas chinesas no país: mineradoras da China já são responsáveis por 30% da extração de nióbio e estanho no Brasil, uma presença crescente em um setor considerado estratégico para a transição energética global. Além disso, um levantamento revelou que o fundo de pensão da Light pode perder até R$ 237 milhões em investimentos na Emae e na Ambipar, reforçando o alerta para o nível de exposição de fundos de previdência a ativos de risco. No agro, a redução no preço da gasolina anunciada pela Petrobras aumentou a pressão sobre os produtores de etanol, que já enfrentam margens comprimidas e inadimplência crescente no crédito rural. No exterior, EUA e Argentina firmaram um acordo de swap de US$ 20 bilhões, medida que busca conter a forte desvalorização do peso argentino — que já acumula queda de 40% no ano. Já na China e nos EUA, o lançamento do iPhone 17 registrou vendas 14% maiores que as do modelo anterior, reforçando o apetite do consumidor por tecnologia de ponta mesmo em um cenário de incerteza econômica.