MCall | 17/07/2025: Brasil mira dividendos, EUA questionam Pix e Trump amplia ofensiva tarifária

A agenda fiscal segue no centro dos holofotes: Arthur Lira, decidiu isentar a tributação de dividendos distribuídos até 31 de dezembro deste ano, uma medida que deve acalmar parte do mercado financeiro e investidores. Em paralelo, a concialiação sobre o IOF terminou sem acordo, e a decisão final ficará nas mãos de Alexandre de Moraes. A Receita Federal também apertará o cerco em 2025, com nova força-tarefa mirando ganhos com apostas, Airbnb e uso de prejuízos fiscais — evidência de que o governo buscará novas fontes de arrecadação em meio ao cenário fiscal delicado. Nos EUA, o Pix entrou oficialmente no radar da investigação que acusa o Brasil de práticas comerciais desleais. A ofensiva protecionista se intensifica: Trump promete enviar cartas tarifárias a 150 países, sinalizando que o embate global está apenas começando. Eduardo Bolsonaro também endossou a tensão: sugeriu boicote a negociações comerciais e maior rigor em análises econômicas sobre o país. Ainda no mercado financeiro, Peter Thiel comprou 9% da BitMine, indicando uma aposta robusta na expansão do ecossistema Ethereum. Na economia real, o Ibama suspendeu a análise de um projeto de R$ 196 bilhões no pré-sal, o que pressiona a agenda ambiental e energética. Lula assinou o decreto da BR do Mar, retomando o incentivo à navegação de cabotagem. A dívida bruta do Brasil preocupa o Tesouro, que vê impacto negativo do fiscal e da inflação. E a comissão da Câmara aprovou isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil, mas com risco futuro, já que o valor não é indexado e pode perder efetividade. No agro, o tarifaço pode custar até US$ 2 bilhões nas exportações de café, enquanto o governo vai adquirir 110 mil toneladas de arroz para reforçar estoques. Na Argentina, Milei apertou os controles monetários após enxurrada de pesos, mas o país celebrou seis meses seguidos de superávit fiscal. Na Europa, a França quer cortar feriados e congelar gastos, e a crise de moradia na Espanha atinge níveis históricos. Nos negócios, a Aura Minerals estreou na Nasdaq com captação de US$ 200 milhões, e no mundo dos VCs, Quartzo e Invisto anunciaram fusão. No segmento de private equity, a Blackstone fará aporte de US$ 25 bilhões em data centers e energia, e a argentina Puna Bio, focada em biodefensivos, recebeu investimento da fundação de Bill Gates — mostrando que o capital de risco segue firme, mesmo em tempos de incerteza. 📉 Resumo do dia: Brasil reage com isenções e reforço fiscal, EUA endurecem tom, Trump globaliza tarifaço e o mercado de tecnologia e clima segue sendo prioridade para os grandes investidores.