MCall | 11/04/2025: Tarifas contra a China chegam a 145%

Bom dia. A escalada nas tensões entre Estados Unidos e China atinge um novo patamar com tarifas chegando a 145%, segundo confirmação oficial da Casa Branca. O movimento segue reverberando nos mercados globais e já começa a afetar diretamente o agronegócio brasileiro. Vamos aos principais destaques desta sexta-feira: Tarifas explodem e China corre para se reabastecer A Casa Branca confirmou: as tarifas contra produtos chineses chegam agora a 145%, num dos pacotes mais duros já adotados. A China reagiu silenciosamente — mas de forma prática. Na semana, o país fez uma compra anormal de soja brasileira, antecipando riscos de desabastecimento. Negócio da semana: Prada compra Versace No mundo do luxo, uma virada histórica: a Prada comprou a Versace por US$ 1,4 bilhão, criando uma nova gigante do mercado italiano de moda. A fusão fortalece a estratégia das marcas europeias diante do avanço dos conglomerados asiáticos no setor. Brasil: criativo, otimista (e cético) O Brasil foi eleito o País Criativo do Ano no Festival de Cannes. O reconhecimento vem em meio a um cenário interno de contraste: ao mesmo tempo, o Orçamento de 2025 foi sancionado com meta de superávit de R$ 14 bilhões, mas a dúvida persiste. Como resumiu um analista: “só acredito, vendo. Eu vendo: não acredito”. Na política, Pedro Lucas Fernandes foi confirmado como novo ministro das Comunicações. E, em São Paulo, Tarcísio de Freitas lidera intenções de voto para reeleição, segundo o Datafolha. Agro: em alta, com ajuda da pecuária O PIB do agronegócio cresceu 1,81% em 2024, puxado pelo setor pecuário. E vem mais por aí: a safra de grãos 2024/25 deve bater recorde, com 330,3 milhões de toneladas, segundo a Conab. De olho na sustentabilidade, Jeff Bezos investiu US$ 19 milhões em gado com baixa emissão de metano — mais um sinal de que a transição verde começa a ganhar força também no campo. Cenário internacional: inflação desacelera, mas mercado ignora O núcleo da inflação dos EUA caiu 0,1% em março — um alívio que, em tempos normais, mexeria com preços. Mas nesta semana, com o VIX (índice de volatilidade) acima de 50, o mercado mal piscou. As bolsas asiáticas abriram em queda: Japão -6%, Austrália -1,5%, Hong Kong -1,1%, refletindo ainda os efeitos da guerra comercial. Na Europa, um gesto de trégua: a União Europeia suspendeu tarifas retaliatórias contra os EUA, após a decisão americana de congelar suas tarifas por 90 dias. Trump, claro, não perdeu a chance de provocar: “foram espertos em recuar.” Private Equity: otimismo na América Latina Apesar da turbulência global, o apetite por inovação segue vivo. Os fundos Riverwood e GA anunciaram planos de dobrar aportes em startups da América Latina, citando maior resiliência das empresas da região. E por fim… TSMC e Intel fecharam um acordo para criação de uma joint venture, reforçando os laços na cadeia global de semicondutores. Na Argentina, sindicatos realizaram a terceira greve geral contra o governo Milei, que segue enfrentando resistência às reformas internas.